Rodrigo Ribeiro

Como podemos identificar e estimar o conhecimento tácito de um grupo de trabalhadores? Como podemos projetar um programa de treinamento ou a composição de coletivos de trabalho com o objetivo de otimizar a transferência e desenvolvimento do conhecimento tácito? Como é possível implementar projetos sustentáveis, em termos de conhecimento tácito, em áreas remotas? De modo a responder a tais questões, é necessário distinguir tipos de conhecimento tácito, estabelecer o que eles possibilitam que seja feito e definir suas fontes. Também é essencial encontrar uma maneira de gerenciar o estoque de conhecimento tácito existente e sua distribuição na força de trabalho. Em suma, um quadro conceitual se faz necessário para se gerir o conhecimento tácito nas organizações. Baseado em dois anos de pesquisa-ação, apresentarei parte desse quadro conceitual e sua aplicação para dar suporte ao treinamento pré-operacional e contratação de pessoal em uma planta industrial de US$ 3 bilhões no Brasil. Dois conceitos - "níveis de imersão" e "níveis de similaridade" - serão apresentados como respostas a dois problemas centrais: se o conhecimento tácito é desenvolvido por meio de uma experiência qualificante em uma "forma de vida", então deve ser possível (1) distinguir entre os vários tipos de experiência existentes e estabelecer o que cada um deles possibilita e (2) qualificar a experiência prévia dos trabalhadores experientes.

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